Capitalismo de vigilância

Capitalismo de vigilância é um termo cunhado pela autora e acadêmica Shoshana Zuboff em seu livro A Era do Capitalismo de Vigilância (2016). Refere-se à prática cada vez mais difundida de as empresas recolherem dados sobre as actividades online das pessoas e utilizá-los para fins comerciais, sem o conhecimento ou consentimento dos indivíduos.

Zuboff argumenta que o capitalismo de vigilância é uma nova forma de capitalismo que se torna possível graças aos avanços da tecnologia, particularmente a Internet e as redes sociais. Ela argumenta que o capitalismo de vigilância é uma forma nova e única de capitalismo que se distingue das formas anteriores, como o Fordismo e o Taylorismo.
Zuboff argumenta que a vigilância do capitalismo é prejudicial para a sociedade e para os indivíduos, pois leva à mercantilização dos dados das pessoas e à erosão da privacidade. Ela apela à regulação da prática, para proteger os direitos e a privacidade das pessoas. O Google é um exemplo de capitalismo de vigilância? Sim, o Google é um exemplo de capitalismo de vigilância.

O Google recolhe uma enorme quantidade de dados sobre os seus utilizadores, incluindo tudo o que eles procuram, todos os sites que visitam e todos os vídeos que vêem. Estes dados são depois utilizados para direccionar anúncios para os utilizadores e para vender o acesso a estes dados a empresas e outras organizações.

Este capitalismo de vigilância tem sido altamente lucrativo para o Google, mas também tem levantado preocupações sobre a privacidade e o uso indevido de dados pessoais. Em resposta a estas preocupações, a Google tem vindo gradualmente a introduzir funcionalidades mais favoráveis à privacidade, tais como a opção de não permitir a recolha de dados, e uma melhor segurança e encriptação.

O capitalismo da vigilância é um problema?

Não há uma resposta simples a esta pergunta. Embora o capitalismo de vigilância possa ter alguns efeitos negativos, ele também tem o potencial de criar benefícios significativos para a sociedade.

Uma grande preocupação sobre o capitalismo de vigilância é que ele pode levar a uma perda de privacidade para os indivíduos. Isto porque as empresas que se envolvem no capitalismo de vigilância coletam grandes quantidades de dados sobre as atividades online das pessoas. Esses dados podem ser usados para rastrear os movimentos, preferências e até mesmo seus relacionamentos pessoais das pessoas. Se essa informação cair em mãos erradas, ela pode ser usada para explorar as pessoas ou interferir com suas vidas de outras formas.

Outra preocupação é que o capitalismo de vigilância pode levar a uma concentração de poder entre algumas grandes empresas. Estas empresas teriam um vasto conjunto de dados sobre as pessoas, que poderiam utilizar em seu proveito. Isto poderia resultar em que estas empresas se tornassem ainda mais poderosas e influentes, e poderia, em última análise, levar a uma perda de concorrência e de escolha para os consumidores.

No entanto, é importante notar que o capitalismo de vigilância também tem o potencial de criar benefícios significativos para a sociedade. Por exemplo, os dados recolhidos pelas empresas poderiam ser utilizados para melhorar produtos e serviços, ou para desenvolver novos produtos. Adicionalmente, estes dados poderiam ser utilizados para ajudar a resolver problemas sociais, como o crime ou a pobreza. Em geral, o capitalismo de vigilância tem o potencial de criar tanto resultados positivos quanto negativos para a sociedade, e é importante pesá-los cuidadosamente antes de decidir se é um problema.

O que é o grande Outro em Lacan?

O grande Outro é o termo lacaniano para o Outro, que é o conceito do mundo externo que está separado da psique individual. O grande Outro é a ordem simbólica da sociedade que regula nosso comportamento e dá sentido à nossa existência. É a fonte da autoridade e do poder a que nos submetemos para nos conformarmos com as normas sociais. O Grande Outro é também o local de nossa ansiedade e insegurança, pois estamos constantemente conscientes de seu julgamento e potencial punição. De que nacionalidade é Shoshana Zuboff? Shoshana Zuboff é uma autora americana, teórica de negócios e professora emérita na Harvard Business School.